Você e o seu carro têm coisas em comum

08:04 Rui Pereira 0 Comments

Hoje trago um texto do livro "Viver sem chefe", de Sergio Fernández.

"Da mesma forma que o seu carro não pode funcionar indefinidamente sem parar num posto de gasolina ou sem fazer revisão de manutenção de vez em quando, o que lhe parece normal, também você não pode funcionar indefinidamente sem ir de vez em quando à bomba de gasolina e à oficina. Fazer todos os dias algo que o motive é ir ao posto de gasolina; é algo que precisa de fazer com frequência, quer queira quer não. Demora algum tempo, mas é essencial, senão o carro acaba por parar. As revisões são as férias, dos dias de folga ou oferecer-se algum luxo extra, de vez em quando. E extra não significa mais caro.
Aconselho-o a encontrar algo que o motive e a fazê-lo diariamente, ou a encontrar algo diferente todos os dias. É igual. Pode ser parar a meio da manhã para tomar um sumo natural ou para ouvir ou, melhor ainda, dançar ao som dessa música que tanto gosta; pode ser ver um filme, ir ao teatro ou ler a imprensa nacional ou internacional; ou pode ser perder meia hora para telefonar a alguma pessoa querida, com quem há muito tempo não conversa, ou, melhor ainda, ir encontrar-se com ela; ou escrever ou responder a e-mails pessoais, ou entrar nesse café de que tanto gosta e tomar algo, ou passear um pouco pela Internet, fazer desporto ou inscrever-se num curso de flamenco ou de cozinha japonesa...seja o que for, não importa, mas todos os dias tem de encontrar um momento, às vezes mais, outras menos, para fazer algo que o motive. Além de ser uma passagem pelo posto de gasolina, é uma forma de manter a autoestima elevada para continuar a funcionar a cem por cento por tempo indeterminado.
Além de pôr gasolina no seu veículo, de vez em quando tem de lhe mudar as velas de ignição e os pneus e fazer uma revisão para que possa continuar a funcionar. Um carro bem cuidado pode durar uma vida inteira e, similarmente, também você precisa de revisões periódicas para continuar em perfeitas condições. Um dos maiores problemas que os empreendedores enfrentam é a sua incapacidade de se desligarem quando estão longe do trabalho. A sua vida e o trabalho acabam por se misturar tanto que é difícil saberem quando estão longe dele"

Depois destas palavras, só precisa de parar um pouco e vir fazer uma aula comigo :)

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É muito difícil para mim

08:15 Rui Pereira 2 Comments

Quando iniciei a minha prática de Yôga, nem sequer conseguia sentar de uma forma confortável. As dores percorriam praticamente o corpo inteiro, desde os tornozelos até à cervical. Ao observar muitas técnicas corporais pensava para mim: como é que aquilo é possível? Apoiar o corpo só numa mão? Só numa mão? Nem falemos de flexibilidade. Qualquer ferro usado na construção civil dobrava mais facilmente do que as minhas costas. Tive a noção que, se quisesse continuar, o caminho seria árduo e longo. Jamais disse para mim que não seria capaz de reproduzir aqueles movimentos e provavelmente esse foi o "click" que me fez continuar em busca da perfeição técnica. Nunca afirmei " é muito difícil para mim". Persisti e muito tempo depois começaram a aparecer alguns resultados. Importante: tirei ( e ainda tiro) um prazer imenso da prática e deixei rapidamente de encarar a técnica corporal como um momento de dor, sofrimento e suor. O paradigma do Yôga é outro, não tem nada a ver com o desporto, com o devido respeito e consideração que este último merece.
Descobri, mais à frente, que o corpo era apenas o início do processo. A prática de Yôga vai muito mais além do aspeto físico. Veio a localização da consciência, a respiração coordenada, a mentalização e o sentimento. Fazer o que quer que seja despido de um sentimento que confere valor é logo notado por quem assiste e muda completamente a nossa perceção do trabalho.
Vamos aplicar: já escutou diversas vezes um violino. O violinista desenvolve uma determinada técnica e vai progredindo. Todavia, é provável que aquele que lhe chamou a atenção tenha depositado um sentimento mais profundo, que veio acrescentar valor à peça. Mesmo que ele não seja o mais "calejado" no instrumento, há mais hipóteses de ele triunfar.
Então, já descobriu um dos pontos para poder avançar ainda mais na prática do Yôga? Na realidade são dois: não pensar que é impossível e colocar um sentimento que lhe favoreça o progresso na prática.

Corra para aula ou (re)comece a sua prática em casa ou em grupo :)
 

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