Aqui ou online?
Vivemos num tempo em que as lojas
virtuais e o mundo online têm um peso extraordinário nas nossas opções e
decisões de compra. Além disto, há quem disponibilize uma série de serviços
online, desde o coaching a aulas de música, passando por palestras e treino
personalizado.
Dou aulas de Yôga desde 2007 e já
ministrei algumas práticas por Skype. Já fiz também aulas e cursos recorrendo à
videoconferência. Acho interessante recorrer a este meio dado que as distâncias
se encurtam e é possível chegar a um conhecimento que de outra forma seria
muito mais dispendioso.
Todavia, discordo da sua
utilização permanente. Senão vejamos: imagine que convidava 20 pessoas para a
sua festa de aniversário. Essas mesmas 20 pessoas confirmavam a presença mas
participavam através de videoconferência. Há quem aprecie esta forma de festa e
se sinta bem em comunicar apenas pelo Skype ou Messenger. Pensemos agora nas
consequências futuras desta opção: deixa de estar fisicamente com os seus
familiares e amigos, deixa de receber abraços e sentir o calor da presença
humana e passa a viver uma falsa realidade. Toda a gente gosta de si e lhe
enviou presentes mas, objetivamente, ninguém foi à sua festa.
Para mim, o melhor presente que
me podem dar é a presença. Ninguém substitui a sua presença. Nada. Não há
dinheiro no mundo que pague a sua presença ou outra pessoa que o possa
substituir.
O mesmo se passa com uma relação
conjugal. Afeto à distância é um falso afeto. Sei que há muitas famílias que estão
distantes devido à emigração e a outros constrangimentos. Acontece que a
probabilidade da relação conjugal acabar aumenta.
Como referi acima, dou aulas por
videoconferência mas são exceção à regra. Para mim a regra é estar com as
pessoas. Ir a casa dos meus clientes ou a outro espaço escolhido, cumprimentar,
abraçar, ouvir, olhar, rir, alongar, fortalecer, descontrair e concentrar.
Aqui ou online?
Eu prefiro aqui,
porque nada substitui a presença de uma pessoa.
0 comentários: