Ser constante


A constância é algo que te vai facilitar muito a vida. Se a entendermos num sentido mais abrangente, a constância vai proporcionar uma autêntica revolução na tua vida.
Senão vejamos: se todos os dias eu cumprimentar a minha esposa e os meus colegas de trabalho com um sorriso, qualquer dia começam a dizer que eu tenho boa energia e que gosto de bons relacionamentos humanos. Para manter uma relação afetiva ou reforçar uma amizade é algo de contínuo que eu certamente devo fazer.
É simples ter um sorriso constante? Não, mas o sucesso sem esforço e dedicação é algo que eu não conheço, seja qual for a área na vida.
Se eu treinar esta constância em ações básicas no meu dia-a-dia ( segurar na porta para deixar passar alguém, aplicar cortesia no trânsito, abraçar pelo menos uma pessoa por dia, fazer algo que eu não tinha que fazer mas fiz para ajudar alguém) a mudança começa a ser real.
O mesmo acontece no treino de meditação. Se eu quiser meditar e treinar 1 minuto de meditação por dia, no final do ano terei um treino de mais de 300 minutos. Mas o que vai facilitar o eclodir do estado de meditação é mais a constância do que o tempo.
Há inúmeros casos no desporto que relatam este tema como uma das chaves do sucesso.
E tu, no que é que tens sido constante e que isso tenha mudado a tua vida?

O teu cônjuge é o teu cliente e o teu convidado

O teu cônjuge é o teu cliente e o teu convidado.

Dito desta forma pode ser um pouco violento, mas já viste que se tratasses o teu cônjuge como um cliente, a tua relação com ele poderia ser melhor?
Quando um cliente se atrasa ou faz perguntas qual é a tua reação? Neurótica? Descontrolada? Fazes cara feia? Tiras satisfações? Por norma mantemos a calma e um tom de voz agradável. Escolhemos as palavras certas para que o melindre não se sente na poltrona.  
Então sempre que isto te acontecer imagina que a pessoa com quem decidiste viver é uma cliente tua.

Não importa o regime ou o género. Quem vive connosco comprou a nossa ideia de fazermos um casal, ou fomos convidados a tal.
Então como tratarias alguém que te convidasse para uma festa ou jantar?

Tudo é muito fácil ao início, quando o cliente ou o convidado aceitam. Depois vêm os desafios: corresponder à expectativa do cliente, entregar a melhor experiência, conversar com o convidado, ser cortês e educado com os familiares e conhecidos deste. Dar e receber os melhores conselhos mantendo o respeito pelas suas ideias e pelo seu espaço.

Deixar de ser convidado ou perder um cliente são duas situações desconfortáveis e por vezes fazemos mais por tentar convencer o cliente a voltar para nós do que tentar uma conversa franca, amena e pacificadora com o cônjuge.

Não há fórmula mágica nem comprimido. Há treino.
Programa-te, treina. Dificilmente tudo sai bem à primeira mas ao mudares a visão sobre quem vive contigo podes evitar problemas, doenças e noites mal dormidas.

Vamos mudar?

Obs: cônjuge é um nome masculino que tanto se refere a homem como mulher.

Blindar as Emoções

Blindar emoções

O ser humano, na sua caminhada mundo, depara-se com homo sapiens que parecem saídos de filmes de princesas e outros que ganhariam óscares para realizadores de filmes de terror. Estes últimos tiraram um pós-doutoramento em afetar emocionalmente os seus semelhantes.
Encontrar uma blindagem para o seu campo emocional é tarefa difícil de realizar mas não impossível. As portas são menos importantes do que as nossas emoções e já as blindamos desde o século passado.

Algumas dicas:

 - Afaste-se.As pessoas que mexem negativamente com as suas emoções são mestres nessa arte. Vendo a sua reação ( e a de outros) viciam-se nesse hábito de conduzirem o veículo emocional dos outros. Há quem o faça sem intenção mas...você vai querer continuar a ser uma marioneta nas mãos dessas pessoas? Afaste-se educadamente de quem gosta de o manobrar;

 - As profecias dos outros importam apenas para os outros. Se você der ouvidos ao mundo inteiro é provável que caia no poço da indecisão e fique lá muito tempo. Valorize aquilo que você acha que deve valorizar e evite as modas de ter que ter sempre uma segunda opinião. Escute os outros mas decida pela sua cabeça;

 - Escolha muito bem a quem vai pedir conselhos. Muitas vezes o próximo gosta de receber atenção e diz o que lhe vem à cabeça. As pessoas que o aconselham depois vão julgá-lo? Não querem saber da sua visão sobre o assunto? Então se calhar é melhor sentar-se e pedir conselhos às pedras.
Ninguém erraria se ouvisse os próprios conselhos ( DeRose);

 -  Direcione as emoções. A tristeza profunda e a alegria intensa são também uma expressão das suas emoções. Se ficar lá apenas 10 minutos está tudo bem. Afinal, quem nunca chorou ou deu uma gargalhada sonora que atire a primeira pedra. Caso haja uma tendência para que estes extremos ultrapassem os 10 minutos, canalize as suas emoções para algo positivo: escrita, desporto, culinária, tarefas...etc. No meu caso, para conduzir o meu emocional, realizo uma caminhada ou pratico uma série de técnicas corporais do Swásthya Yôga. Claro que há situações (morte de um familiar, doença grave de um amigo) que podem impactar de uma forma mais séria. O luto é importante, mas se é muito demorado começa a ser uma barreira ao avanço de tudo na vida. 

-  Faça Yôga. Esta é a minha experiência pessoal ( que tem sido validada por mais pessoas por esse mundo fora) . Então vejamos: se a minha respiração está trabalhada, se o meu corpo está mais limpo, mais forte e mais funcional, se me consigo concentrar e descontrair melhor é natural que o meu campo emocional esteja bem mais blindado. O meu filtro funciona bem e consigo perceber com mais clareza o que quero e o que não quero assimilar. 

Arranje um grupo. Tenho a sorte de pertencer a um grupo de pessoas que têm por hábito gerir muito bem as suas emoções. Há desacordos, diferença de opiniões, momentos em que ficamos tristes, mas mantemo-nos unidos e coesos, mesmo quando um dos membros tem que sair. Investimos nas boas relações humanas, nas boas maneiras, no sucesso profissional e no bem estar da sociedade, através de um conjunto de ações efetivas. Não é um grupo perfeito mas estamos bem perto disso. 

Ame-se mais. Caso todos se vão, resta o seu amor próprio. Você é o projeto mais valioso do mundo e o mais certo é ter que ser você a lutar sozinho por aquilo em que acredita. Prepare-se, isso pode acontecer e vai ser o seu amor próprio que puxar por si e fazê-lo andar para a frente. Uma das melhores formas de você aumentar o seu amor próprio é colocar-se em primeiro lugar. Sim, às vezes parece bem colocar o cônjuge ou os filhos em primeiro, mas isso vai gerar uma frustração estranha em si. Se você estiver bem consigo mais poder proporcionar melhores momentos aos que lhe rodeiam. 

 - Durma. Andar sonolento, apático e sem forças faz com que você seja quase obrigado a aceitar tudo o que aparece à frente dos seus olhos. A sua lucidez está perturbada e é provável que se emocione mais facilmente. Nem sequer vou citar os imensos estudos sobre a matéria, mas se tiver dúvidas posso aconselhar alguns livros.

Vamos colocar isto em prática? 


Será que este Yôga é para mim?

Esta é uma pergunta que povoa a mente de muita gente, mesmo daquela que já pratica.
Vou partilhar uma coisa consigo: o que mais motiva a praticar e ensinar o Swásthya Yôga é o desafio constante que este coloca sobre mim.

Na prática sinto que me falta ainda um caminho muito longo até chegar à meta, e que depois de chegar à meta ainda terei algo mais para alcançar. 

Enquanto ministrante, deparo-me com pessoas que apresentam diferentes opiniões e motivos para praticarem Yôga. Se gosta de desafios, de se aprimorar enquanto ser humano, de cultivar boas relações humanas e as boas maneiras, de cuidar do seu corpo de uma forma inteligente e conviver então esta também é a sua família. 

Pelo meio temos alguns eventos de um ou 2 dias, em que aprimoramos a execução e o aprimoramento de algumas técnicas e promovemos a mais importante de todas as práticas: o convívio gregário. É através do convívio e das conversas que passamos por exemplo, o conceito de boas relações humanas. 

Também fazemos meditação? 
Sim, a meditação é parte integrante da nossa prática. No entanto, é uma técnica que, contrariamente ao que nos tentam vender atualmente, demora algum tempo a ocorrer. Primeiro trabalhamos a concentração, que é o que tem que ocorrer antes da meditação. Sem concentração não há meditação. 

Posso levar o meu filho?
Pode, desde que ele tenha mais de 15 anos. Não trabalho com crianças, apenas com jovens adultos dos 15 aos 55 anos de idade. Em idades acima ou abaixo do intervalo que descrevi, só falando diretamente comigo. Como não há duas pessoas iguais poderei abrir exceções, após avaliação. 

A minha mulher está grávida, pode participar?
O método que ensino não é adequado a grávidas. Todavia, tenho clientes que querem mesmo ter aulas. Nestes casos, aconselho a prática até aos 6 meses de gestação e em aulas individuais.

O meu marido sofre muito de stresse e o medico disse para ele fazer Yôga.
A gestão de stresse é um efeito colateral. Pode ser feita através do ténis, do aikido, da caminhada, do Yôga ou de outra coisa qualquer. Na realidade, o Yôga não é focado em gestão do stresse, mas não vou esconder que muita gente sente a diferença ao fim de poucas aulas. 

O meu filho é atleta. Para que é que ele precisa de Yôga?
Já trabalhei com atletas em inúmeras situações. O Yôga costuma ser um precioso aliado para quem é pressionado para ser o melhor todos os dias. Reeducação respiratória, reforço muscular e articular e descontração costumam ser áreas bastante apreciadas pelos atletas. 

Um conselho final: não se foque em benefícios. Quando for praticar vá com a mente aberta a realizar algo que pode gostar. Se gostar continue. Se achou um sacrifício e se não se identifica com o método de ensino, então eu sou o primeiro a dar-lhe um abraço e a aconselhar-lhe outro método ou escola. Não é por este motivo que deixaremos de ter uma boa relação de amizade. ( como aliás tenho com muita gente de outros métodos de Yôga) . 

Como posso mesmo saber se gosto?
Se ainda ficou com dúvidas se o bolo de chocolate é mesmo bom, qual seria a decisão seguinte?
Experimentar.
Então tome essa decisão. Faça uma aula. 

Você é bem vindo(a) à nossa família :) 

A boa convivência

Noutros tempos, as regras de boa convivência diziam respeito à nossa postura quando encontrávamos alguém na rua, no café ou noutro espaço de convívio.
No nossos dias, essas regras vão mais além e a probabilidade de você violar uma delas é bem elevada.
Depende da imagem que você pretende passar de si mesmo. Se ambiciona ser uma pessoa rústica e sem modos então feche este separador e prossiga o seu caminho. A liberdade é o nosso bem mais precioso. 
Se tem pretensões de estar no lado oposto do parágrafo acima, siga algumas destas sugestões. Não sou nenhum iluminado, as ideias aqui expostas vêm da observação do dia-a-dia. 

1 - Não ocupe o centro do passeio. Arrume-se a um canto, deixe o mundo fluir.

2 - Evite o uso de 3 pontos de exclamação. Já reparou que isso acaba por ser um "ruído" na comunicação escrita?

3 - Evite escrever em maiúsculas. Corre o risco de alguém lhe responda na mesma moeda e a coisa pode azedar.

4 - Não discuta. Só vale a pena discutir com quem está de acordo. Discutir em desacordo só vai agravar este último. Sim, eu sei que dá vontade de estar ali 2 horas com a mão na cinta a falar sobre o sexo dos anjos. O mais certo é você arranjar um inimigo ou comprometer uma amizade. Já reparou que nos programas em que há debates políticos ou futebolísticos nenhuma das partes cede e por vezes até passam as marcas da boa educação?

5 - Gritar é perder energia. Se você precisa de gritar com alguém é sinal que algo está errado. A sua energia não é eterna. Saia desse registo.  Gritar só se for de felicidade.

6 - Ser agressivo nas redes sociais não serve de nada. Há gente que é crítico de profissão e está à espera da sua fúria para fazer troça. Está com um alto nível de agressividade? Então canalize isso para fazer algo de útil. Caminhar, correr, ir ao ginásio, lavar o carro. Conheci um senhor que quando estava muito agressivo agarrava num machado e começava a rachar lenha. Boa terapia, não acha? Ainda por cima aumentava o stock de lenha disponível.

7 - Você quer ser feliz ou ter razão? Pense: para que interessa ter razão? Se você quiser à força toda ter razão pode mais uma vez comprometer o seu futuro e a sua felicidade. E a razão é, em si, subjetiva. Você acha que tem razão na sua perspetiva mas lembre-se que há mais do que uma visão sobre o mesmo assunto. Isto não significa que você deva ser mole. Apresentar argumentos válidos é útil mas passar 20 anos da sua vida a tentar ter razão é meio caminho andado para que todas essas emoções negativas desaguem num tumor.   
Vamos ser objetivos: você tem prioridade na rotunda e vê que o outro carro não vai parar. O mais óbvio é esquecer a razão e travar. Segundo a polícia, 99% dos acidentes de trânsito em rotundas são culpa dos 2 condutores. Como a velocidade de circulação é baixa, facilmente se consegue travar.
Pense comigo: você quer ter razão, perder horas com seguros e papelada,
eventualmente ir a tribunal e esperar anos pela decisão e respetivos recursos, mandar reparar o seu carro, aumentar o seu stresse, tomar medicação para ansiedade ou...travar e esquecer o assunto?

Tudo o que escrevi acima não funciona como um comprimido que você toma. Se quer realmente melhorar nos pontos descritos, aproxime-se de pessoas que costumam agir dessa forma e programe a sua mente para que ela fique alerta a estas e a outras situações que requerem a sua agilidade mental.

Votos de uma boa semana :) 


3 dicas para reduzir o stresse

Leu bem, é mesmo para reduzir e não para eliminar.
O stresse pode ser um grande aliado ou o destruidor do seu dia. Nem sempre é fácil dominar um coração acelerado ou uma respiração ofegante. Com a pressão a aumentar, todo o seu corpo sofre e viver permanentemente nesse estado é arriscar a vida.
Há inúmeros estudos sobre os efeitos nefastos que o stresse descontrolado pode provocar no ser humano. Contudo, se costuma ir às minhas aulas, sabe que o meu foco é uma possível solução e não o discurso sobre o problema.
Vamos às 3 dicas?

1-  Olhe no horizonte. Daqui a alguns tempos, ao olhar para trás, vai-se rir sobre o estado de stresse excessivo que sentiu para resolver um problema que afinal tinha uma solução rápida. Então olhe bem para o horizonte e pare o seu pensamento.  

2 - Pense em alguém que você gosta muito. Esse alguém deve dar-lhe tranquilidade e não trazer-lhe uma emoção profunda de saudade. Se possível imagine um momento cómico que teve com essa pessoa e experimente esse estado de alegria e descontração durante alguns instantes.

3 - Respire com o abdómen. Calma, eu não inventei um pulmão novo. A respiração abdominal equivale a 60% da nossa capacidade respiratória e tem efeitos poderosos sobre a seu estado emocional. Inspire dilatando o abdómen (não precisa de fazer força, basta dirigir para a lá a sua atenção) e ao expirar deixe que a musculatura do abdómen se retraia.

Invista 1 minuto em cada uma das dicas.
Se pretende algo mais poderoso, experimente as minhas aulas. Além das técnicas validadas por mais de 5000 anos de prática e estudo, falarei ainda sobre boas maneiras, boa forma, ética, civilidade e bom relacionamento humano.
Você é bem-vindo(a) :) .

Obs: as dicas acima funcionam comigo. Se já encontrou as suas e resultam então continue a aplica-las. Ah, já agora, partilhe-as comigo. Ficarei muito grato com o seu gesto.

Tu ou você?

Muitas foram as vezes em que esta dúvida surgiu no pensamento. Quando era criança ficava sempre com esta questão interna. Se tratava por você o colega ria-se. Mas se tratava a mãe do colega por tu levava com um olhar severo...
Com o tempo vamos afinando a nossa percepção e intuindo qual será a melhor forma de tratamento. Há diferença entre culturas e países. Em  Espanha, tu é comum e quando vou ao Brasil, o você está amplamente vulgarizado. Segundo algumas vozes, você deriva de "vossa mercê", o cumprimento que os nobres utilizavam entre si.
A minha formação de base é turismo e gestão hoteleira e tive a oportunidade de passar, enquanto funcionário, por vários cenários de atendimento. 
Neste ambiente em que o cliente muitas vezes é desconhecido ( visita o hotel pela primeira vez) , observei alguns pais a ficarem vermelhos quando alguém tratava os filhos por tu. Se quer o seu hotel em boa conta, eduque os seus funcionários a trataram toda a gente por você, incluindo bebés de berço e chupeta...

Nas aulas que dou, trato toda a gente por você. Na realidade, dentro da sala de aula há a relação entre aluno e professor, ou entre mestre e discípulo. A prática que eu ministro tem raízes na Índia e lá, nos locais onde esta prática se faz de uma forma séria e disciplinada, é um conhecimento maioritariamente valorizado por pessoas de boa educação. Não me ofendo se alguém me trata por tu durante a aula. Ao longo dos anos fui criando laços de amizade com os alunos mais antigos e é natural que isso aconteça, tanto da parte do aluno como da minha parte. Fora da sala de aula até faço questão que os meus alunos me tratem só por Rui!

A minha visão: pessoas com menos educação ( não tem nada a ver com dinheiro, só estou a falar de educação e civilidade) utilizam mais vezes o tu. Vão a um hospital e tratam toda a gente por tu. No posto de combustível, na padaria, nas redes sociais, na assembleia de voto varrem tudo com o tu. Tudo é tu.
Quando eu sinto que há abertura para tratar alguém por tu, faço sempre a pergunta necessária
e averiguo a viabilidade do tratamento. Já vi também pessoas a comprometerem o seu percurso profissional e a sua relação afetiva por terem utilizado o tu no momento errado...

E você? O que tem a dizer sobre isto? O você afinal é "snob" ou é adequado? Gosta que o tratem sempre na segunda pessoa do singular?

Seja agressivo!

Este artigo contraria muito daquilo que tem lido sobre a questão da agressividade e da sua utilização no trabalho, na vida pessoal ou familiar. 
O que se passou comigo? Bati com a cabeça? Fui perseguido por um grupo de zombies? Roubaram-me o carro? Passaram à minha frente no supermercado? O IVA aumentou? 
Não, relaxe, nada disso...
Esta semana estava a assistir a um debate na televisão. De um lado tínhamos contras e do outro prós. O comum dentro dos debates. No meu caso, eu não debato assuntos. Só falo com quem está de acordo. Se eu sei que vou abordar um assunto com uma pessoa que tem uma posição totalmente oposta, faço uma proposta: concordamos em discordar. Discutir gera emoções e as emoções viciam.
Você quer ficar viciado em discussão? Tudo bem, eu não. 
Voltemos ao debate: de um dos lados tínhamos argumentos, gestos que ajudavam na comunicação, firmeza, discurso trabalhado, tom de voz audível e indicações à plateia imensa que assistia. Do outro lado havia descontração, falas mansas, argumentos pobres, brincadeira e moleza, muita moleza. Não vou teorizar sobre o assunto, aliás nem tenho opinião formada sobre o assunto que estava em debate. Resultado: a bancada dos prós até parecia que tinha diminuído de tamanho no final do debate. Foram encolhidos pela opinião do publico presente no local e pela sua falta de preparação geral.
Boa linguagem, boa postura corporal, bons argumentos e, sobretudo, uma preparação minuciosa do debate são fundamentais para que o seu ponto de vista seja escutado.

Rui, e a agressividade? A agressividade que eu falo é a agressividade positiva, canalizada para que você seja respeitado.
A bancada perdedora era mansa. Quando queriam falar todos os outros abafavam o discurso e o apresentador nem valorizava o atropelo. Faça valer os seus direitos sempre que comunica. Seja positivamente agressivo. Mencione a falta de respeito que o outro lado está a ter consigo e coloque em questão a educação da pessoa que está no debate, pois ela está a faltar ao respeito a alguém. Se a outra pessoa for desequilibrada, é preferível sair de um debate do que ficar a levar pancada até ao final sem conseguir dizer nenhum argumento.

Revele a sua autoridade sobre o assunto. Puxe dos galões porque você é especialista no assunto. Se não é entendido na matéria, não aceite o convite para o debate. Depois, a sua posição tem que ser bem marcada no início. Cão mordido toda a gente quer morder, por isso, no começo do debate, demonstre de uma maneira convicta, que a si ninguém morde.  

3 dicas para começar o dia

Começar o dia é um desafio grande para muita gente. Levantar o corpo da cama por vezes assemelha-se ao mesmo esforço que um halterofilista faz para elevar mais 200kg.
Há várias opiniões sobre a melhor forma de acordar. Hoje, eu vou escrever sobre as 3 dicas que eu aplico diariamente e que resultam! Bem, diariamente não: um dia por semana eu rasgo o plano para que ele não se torne uma obsessão mas sim um prazer, algo que me dá gosto em cumprir.

1ª dica: coloque o despertador longe da cama. Sim, pode parecer polémico mas a partir do dia em que eu coloquei o despertador noutra divisão da casa que não o quarto onde durmo, o despertar não teve retorno. Acordar, desligar o despertador e voltar a dormir é mau. Começa o dia com um adiamento. Isso vai impactar em tudo. Adiar começa a ser o seu nome do meio.

2ª dica: beba água. Depois de desligar o despertador, a tarefa seguinte é beber um copo de água. Há quem elabore bebidas de frutas ou outras mais complicadas. O meu conselho? Simplifique. Curto e rápido. Sinto que acorda o meu organismo e me predispõe para a ação.

3ª dica: faça alguma coisa que goste. No meu caso, mergulho numa hora de Yôga. Reeduco a minha respiração, limpo o meu corpo e fortaleço-o, pratico descontração e no final medito. Tudo isto numa prática com mais de 5000 anos de teste. Durante este momento, há lugar à gratidão e à reprogramação emocional, entre outras coisas.

Se estas 3 dicas lhe pareceram difíceis de implementar, comece só com a primeira. Evite querer fazer tudo perfeito na primeira vez e começar com correrias logo ao acordar. Viver sempre com pressa e no pico de stresse só acelera a sua corrida para o caixão...

Hei Rui, espera um pouco!
Desligar o despertador+beber água e ir ao wc+uma hora de Yôga= 1h15 ? Certo, é mais ou menos isso. Quer uma quarta dica? Deite-se mais cedo. 
Feche este artigo, desligue o smartphone e vá dormir. Mas sobre horários falarei no próximo artigo. 
Bons sonhos!

Comentar ou desligar?



Fazer um comentário sobre qualquer tema numa rede social é um verdadeiro tiro no escuro. 
A probabilidade da opinião cair no extremismo é grande. É grande porque o grau de proteção é aparentemente elevado. Você está dentro da tela e não num estádio de futebol a gritar pela sua equipa no lado contrário da bancada. 
Pense um pouco: o que ganha com isso?
Qual foi a ação concreta que isso gerou?
Se tem dúvidas quanto ao comentar ou desligar, eu aconselho vivamente a terminar a sessão e a desligar.
Podemos comprometer a nossa imagem, o nosso relacionamento afetivo ou até prejudicar uma amizade por causa de uma opinião extremada. Uma forte dor de cabeça, o trânsito caótico ou um chefe bastante azedo podem fazer com que você expresse a sua raiva numa qualquer opinião.
Demonstrar desacordo é difícil. Há a tentação de descarregar o balde e dizer poucas e boas nas redes sociais. Se você telefona ou fala pessoalmente com a pessoa, provavelmente utiliza outra linguagem e algum mal entendido fica ali encerrado.
Ao fazer isso numa rede social, todos os seus amigos podem ficar surpresos com a sua reação. 

Evite também a expressão "algumas pessoas", "há gente", "esta gente". Todos os seus amigos vão pensar que poderá estar a dirigir-se a eles. Exemplo " há gente não têm educação nenhuma" . Generalizar num café atinge 10 ou 20 pessoas. Numa rede social afeta milhares e limpar o que foi dito é quase impossível. Ninguém vai querer saber do seu arrependimento. O que gera polémica não é o arrependimento...

Ser exagerado é uma tentação recorrente. "Está tudo mal com a minha vida". "Já não há esperança para este mundo". "Os adeptos do clube X são todos parvos" . Será que ganha amigos e oportunidades da sua vida ou acontece o contrário?
 
Ok, isto é muito bonito mas...se eu estou com esta raiva toda onde é que eu descarrego?
Fácil, marque uma aula particular comigo. Tenho imensas técnicas e dicas para lhe passar!